27 Nov 2018 13:53
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<p>No dia dez de agosto, o universo do futebol brasileiro acompanhou, consternado, as lágrimas de Valdir Espinosa. Ele lamentava publicamente a tua demissão do Grêmio. Clube que, ante teu comando, ganhou a primeira Libertadores da América e o seu único Mundial. Após o baque, Espinosa aceitou pronunciar-se com o web site.</p>
<p>Tranquilo, de maneira exclusiva, como gosta. Não em coletiva, cercado de microfones, dando respostas superficiais. Ele detalhou seu serviço com Renato Gaúcho, na formação do muito bom Grêmio que luta na Libertadores e pelo Brasileiro. Explicou tua ligação de pai pra filho com Renato. Valdir, por que você foi demitido pelo Grêmio? Irei deixar claro. Eu fui contratado pela diretoria anterior no ano passado. Meu cargo era de coordenador técnico do time profissional.</p>
<p>Era para socorrer o Renato onde fosse imprescindível. Trocávamos ideias a respeito tudo. Porém quem decidia era o Renato que é um grande treinador e que muita gente não sabe. Ele cresceu muito, estudou, pesquisou. Se aprimorou. Eu ajudava com a minha vivência, minha experiência. Não só graças ao passado, no entanto pelo presente. Faço dúvida de estar atualizado sobre isto os esquemas táticos, a forma dos principais times e seleções atuar. No momento em que o Renato queria, eu dava o meu ponto de visibilidade.</p>
<p>Eu a todo o momento fiz dúvida de falar. Ele era o treinador. Os méritos da amplo equipe que o Grêmio tem é dele. Estava tudo direito. Até que decidi bem como auxiliar nas categorias de base, que não era minha atividade. Fiz por causa de acredito que a apoio deve ser tratada com todo cuidado, ansiedade. Só que chegou a nova direção e trataram de me tirar do time principal.</p>
<p>Queriam que eu ficasse o tempo todo vendo os fedelhos pela base. Ver de perto quem servia e quem não servia. Não foi pra essa finalidade que fui contratado. Não aceitei e finalizei demitido, sem o menor respeito. Você aguardava que o Renato se demitisse, em solidariedade? De jeito nenhum. Não estávamos amarrados um no outro.</p>
<p>Ele fez bem em seguir tua carreira. A minha ligação com ele é de 'pai para filho'. A gente tem plena certeza e consideração um pelo outro. O defeito foi definitivamente meu. Quero que ele siga fazendo o teu bom material. Desde que sai deixei para nos descobrir depois. Com calma, nas férias, nos encontraremos no Rio de Janeiro. Nada vai abalar nossa conexão. Não. O mérito é todo do Renato.</p>
<p>Eu ajudei quando fui consultado. Irei te mencionar uma coisa, Cosme. O Renato tem um lado que só quem trabalha com ele, entende. Além de gerir muito bem o vestiário, frase da moda, ele é muito tático. Estuda o inimigo. E sabe retirar o melhor dos jogadores com quem trabalha. É moderno, tem muita visão de jogo.</p>
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<p>Entretanto pra imprensa, prefere destinar-se pro outro lado. Fica postando que merece estátua, brinca, provoca. Desvia o assunto da profundidade do teu trabalho. O Grêmio não está jogando o que joga por acaso. O Renato é um dos grandes treinadores do Brasil. A dupla que desenvolvia com ele era vitoriosa, Valdir.</p>
<p>Todo técnico que tiver a indicação de um treinador vitorioso, vivido, pode render muito mais. O Rogério Ceni, no São Paulo, a título de exemplo. Se houvesse alguém pra orientá-lo, como o Muricy, tais como, pode ser que tivesse dado direito. Entretanto não são todos os dirigentes do nação que estão preparados para ter uma pessoa nesta função. É uma ocorrência nova, que ainda poderá ser que possa ser comum no futuro. Não deu correto também com o Autuori e o Eduardo Baptista.</p>